Assim que termino de digitar a palavra em meu desktop, o word se apressa em sublinhá-la de vermelho. Não a reconhece. Dessa vez, porém, diferente de quase todas as outras, não reescrevo a palavra nem, muito menos, escolho a opção ignorar tudo. Prefiro mantê-la assim, "errada". Essa é a maneira que encontrei de me manter encarando-a como uma novidade e, exatamente por isso, ainda não aceita pelo dicionário embutido do computador.
Na busca pela sustentabilidade, a novidade aparece como um imperativo. Para tal, basta entender que os modelos clássicos de produção e consumo são os grandes responsáveis pelos impactos antrópicos no meio ambiente. Assim, pensamos: Porque manter? Porque não mudar? Porque não inovar?
Aos olhos mais reacionários, a novidade pode parecer um erro (como é o caso do nosso velho amigo word). Porém, para os que a compreendem e, mais do que isso, entendem sua necessidade, a mudança é o caminho a ser seguido.
Aos olhos mais revolucionários, a novidade aponta sempre pra frente, com o
nariz bem em pé, segura de si. Ecorráuze, por sua vez, não está tão segura da direção a
ser tomada. Acredita que, ás vezes, olhando pra trás, se enxerga o futuro.
A palavra nos trás algo a mais. Incita-nos a olhar para fora. Entendendo a importância de aprender com experiências alheias, propomos uma Expression, ou melhor, uma équispréxion. Digo équispréxion, pois os acertos, por mais acertados que sejam, não devem ser copiados às cegas. Estes devem ser moldados e adaptados às especificidades locais. A sustentabilidade é uma busca global por soluções locais. Nessa busca, é imprescindível que o local se conecte e troque com o global, a fim de aprender e se reinventar.
Agora, depois de devidamente apresentada, talvez esteja na hora de propor uma nova palavra para o conceito, para que esta se mantenha como uma novidade. É isso, proponho uma palavra mutável. Sempre que alguém compreender o conceito por trás da palavra, esta deve ser reinventada! Eternamente reinventada......
